Neurologista afirma que doença pode levar ao óbito
Após
a divulgação de dois casos suspeitos no Estado, a Secretaria de Saúde
do Ceará (Sesa) informou nesta quinta-feira (23), que 10 casos da
síndrome de Guillain Barré foram confirmados este ano no Ceará.
De
acordo com a Agência Folhapress, existem vários casos registrados da
doença no Nordeste brasileiro. Na Bahia 50 pacientes foram confirmados
com a síndrome, 14 no Maranhão e seis na Paraíba. Diferente do que foi
divulgado nos meios de comunicação, o neurologista Vitor Pacheco afirma
que a doença é relativamente comum.
Segundo
a Sesa, em relação a anos anteriores, não existe variação significativa
de casos, visto que em 2013 foram confirmados 32 casos e em 2014, 38
casos.
Especula-se
que os casos registrados este ano podem ter relação com casos de
dengue, chikungunya e com o zika. Para o Ministério da Saúde, ainda não
existe nenhuma comprovação científica que relacione a doença com as
demais. Para o neurologista Pacheco, “faz sentido especular a relação,
pois são doenças virais”.
A
síndrome de Guillain Barré é uma doença viral ou transmitida por
bactérias como aCampylobacter jejuni (presente em alimentos mal
preparados, como por exemplo, saladas). Apesar de ser viral, Pacheco diz
que é necessário um estudo específico para determinar se é o aumento de
casos de dengue, chikungunya e zika pode ser responsável pelos casos da
doença, registrados no Ceará.
A
síndrome não é infecciosa, mas é necessário procurar um especialista
para se tratar. Normalmente, os primeiros sintomas começam nos membros
inferiores. Os pacientes sentem fraqueza e perdem o controle das pernas.
Além disto, os pacientes podem sentir cãibras. Caso não se busque o
tratamento, os sintomas podem aumentar e atingir o restante do corpo.
“Se não for atendido, o paciente pode ter inflamação nos nervos da via
respiratória e atingir o óbito”, disse o médico.
Sobre
o caso suspeito registrado no Ceará, o Hospital Geral de Fortaleza
informou que José Magno da Silva foi atendido no dia nove de abril.
Realizou exames de sangue, urina e raio-x. Na ficha de atendimento a
discriminação da doença consta Deficit Neurológico Agudo. A hipótese de
síndrome de Guillain-Barré levantada no laudo ainda não foi confirmada.
O Cnews procurou o médico responsável pelo diagnóstico, mas nenhuma ligação foi atendida.
Via Cnews
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